quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ode à nostalgia


Eu lembro
De me sentir ótimo
De acordar de manhã e ir correndo pra casa
Exalando alegria.
Eu recordo
De me sentir péssimo
De acordar de manhã e ir correndo pra casa
Em fuga da vida.

Lembro-me do mundo girar
Cada vez mais
Até vomitar.

Lembro daquele seu vestido
E do perfume que você usava
Como era surpreendente que você andasse comigo
E como era bonitinho quando voce espirrava

Lembro daquela idade
Em que comecei a formar uma personalidade
E de estar confuso
Quanto a seu uso

Lembro de você.
Lembro de inocências
Incoerências.
Certo que não me lembro de nenhum discernimento

Reviravoltas ocorreram
Revoltas pessoais, saturação.
Desvinculando de algo para vincular a outro
A natureza age de jeitos duvidosos.

Lembro de velhos amigos
Sinto que sentem minha falta
Tanto quanto eu sinto a deles

Lembro de rir por nada
De encher a cara
De urgir por compania
Lembro daquele dia.

Lembro de cheiros
Sons, gostos.
De tempos em tempos, revivo-os
E se fechar os olhos, parece que tudo voltou.


21/12/2007
11/9/2001
12/03/2010
31/12/99
17 anos de datas, e mais por vir.

E em pensar que no fundo suas raízes nunca mudam
Trocamos de pele.
E as fases continuam.

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