quinta-feira, 8 de março de 2012

Blog não faz mais sentido

agora divulgo meus poemas
nos banheiros publicos.

domingo, 15 de janeiro de 2012

queria ver você conseguir quebrar minhas pernas
com palavras que mal são proferidas propriamente,
já criam guerra.
Para a paz, realmente não tenho palavra
não devo ter, não ouso e
acho que quem tem algo a dizer sobre a paz
deve ser visto com muita desconfiança.
Enquanto alguém definir a palavra 'liberdade' no dicionário
Ela será utópica.

Indizível

O gozo máximo que eu gostaria de ter
nem que durante apenas poucos segundos
é ir para todos os lugares que o ser humano já levou
sua consciência, seu estômago e seu coração. Considerando
todas as pessoas que estão vivas agora, e que já estiveram.
Em cada canto do planeta, em cada segundo que pertence à linha do tempo
do ser humano aqui na terra.
Sentir o coração na garganta, O temor
dos soldados que ajudaram a formar impérios (e nem sabiam)
A agonia de todos que foram torturados.
A agonia diária de um camponês
E a luxúria ilusória e maravilhosamente atrativa dos aristocratas.
Sentir a raiva de todos que foram injustiçados,
A ira dos que fizeram a revolução,
a assombração dos que não foram justos,
a coceira dos que ficaram parados.
O êxtase espiritual mais alto já sentido por qualquer um
que tenha pisado neste planeta.
Todas as sequelas que o cérebro humano conseguiu criar.
os bloqueios e angústias. Aquelas incertezas que ninguém teve coragem
de partilhar.
Todos os problemas que falta de comunicação causou
Todas as guerras que causadas porque a linguagem é falha
Toda a adrenalina dos que praticam esporte
Toda a adrenalina de quando o homem ainda tinha que se virar
frente à natureza.
E todo o eterno questionamento, de
Quem somos, de onde viemos, porque estamos aqui, qual nosso propósito
e todas as hipóteses ponderadas, que todo mundo pensou sobre isso,
Durante as cagadas matinais,
e dias de chuva,
e durante o banho. Ou durante o nascer
e por do sol. Mas decidiu deixar quieto, é besteira
Todo o delírio, a insanidade
A loucura dos que cometeram assassinatos em massa
Com as próprias mãos
Ou através de outros meios.
Todas as formas de amor que já foi sentida
Todas as dores de cotovelos
Toda a inveja e birra.
Toda a fome que já foi sentida
Toda a sede.
Toda a carência, toda a fragilidade
Toda a desilusão
E toda fé na humanidade restaurada
Todos os grandes momentos de fraternidade entre homens
De entendimento.
Tudo isso, num segundo e pouco. Só subindo pela
minha coluna até a ponta da cabeça e acendendo uma lampadazinha de clareza.
Incomunicável.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Ainda vou ter

Um caso com você
Ou não
Pois que é infinito,
enquanto é platônico.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tanta Mulher

Tanta mulher na praia, toda mulher molhada, de maiô
ou pelada.
Tanta mulher no shopping, tão cheirosa e
requintada, cheias de
Frescalhada.
tanta mulher na faculdade, todas
maior de idade.
Mulher em todo lado, todos os diferentes
pecados. Mulher
gordinha não precisa estar sozinha, até as
feinhas: dois tragos e tá no papo.
Eu me mato, se tiver que escolher
Sério, prefiro morrer
Tanta mulher
na rua, pode ser a sua, e
Tanta mulher casada, mas
não dá nada, só saber
Esconder. Mas, tanta
Mulher solteira, é brincadeira,
eu tenho a vida inteira,
terei-as de qualquer maneira.
Tanta mulher.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

No campo,

Eu estava com um livro do Fernando Pessoa numa mão,
aberto alguma página de Alberto Caeiro,
e metade de um pé de milho na outra
Correndo atrás de um moleque
No meio da plantação de trigo
E talvez eu estivesse me divertindo mais que ele.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

a madrugada meio assim

Um café no fim,
Tão triste pra mim
que a noite não dormi.
As cinzas na caixinha
De fósforos quase todos usados
dizem-me que já devia ter parado de fumar
e já devia estar me tornando uma pessoa melhor
e tomando meu lugar na sociedade
e preparando para em minha morte, deixar um bom legado financeiro
para o resto das gerações continuar se matando no sorteio do bife.
O tempo pode passar, que a salvação não virá
Vi, verifiquei, em todos que
conheci
Um pato. patinho, você se sente.
Qual é então a razão de eu dar bola (ou não)
Se o sol vai e volta, que tenho eu
Haver com isso?