quinta-feira, 22 de julho de 2010

Só para saber.

Queria dedicar essa música para todos os vagabundos
Pra ver se alguém se toca
É sobre o garoto que andava de mãos dadas com a má sorte
E guitarra nas costas
Aquele magrelo ali no canto
Era uma vez, de terno e sapatos engraxados
Enquanto você ria daqueles que o criticavam
Achando-os exagerados
Mas não te vejo rindo mais
Não vejo mais aquele sorriso na cara, confiante
Como costumava ver
Não sei se é a fumaça
Ou o pó
Que te fez assim
Sozinho, cômico
Clássico da tragédia.
Defendia um álibi patético, sobre como era apenas comédia
Frustrou-se
Por caminhar duzentas léguas adiante e ver que ainda está sentado
Pulou e pulou
Pra ver se via além, mas (talvez pro seu próprio bem)
Tropeçou
E se viu mais uma vez com a cara no chão.
Ligou
No meio da noite, linguagem doce que usava
Chama-me, eu não posso não atender
Mas sabes que não há segredos para guardar
“Não sabe você que sou um viciado?”
Eu ri. E sentei. E levei a sério. E chorei. Lamentei.
Levantei
Fiz tudo que pude para desconcertar aquela verdade insólita
Que não me cabia, verdade vagabunda.
Mas era fato.
Pula da ponte. Não, pulo eu. Não agüento.

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