segunda-feira, 11 de abril de 2011

apelo

Não, não quero café da manhã na cama,
Nem dinheiro, nem saúde
Nada, não.
Eu quero é ser famoso
Eu quero escrever algo simplório
Depois ver um babaca, ignorante e provavelmente pretensioso
(Tanto quanto eu)
(Tanto quanto o resto)
Despindo-me pé à cabeça
Quero vê-lo perceber cada sequela e cada trauma
Cada maneirismo
Teorias freudianas baseadas nos meus pontos e vírgulas
Quero que ele jogue na minha cara
Chute-me quando estiver no chão
E vou me sentir amado
Confortado, aconchegado nesse chuveiro frio
Terapia do desespero
Ser famoso é botar a cabeça na guilhotina
E rir do carrasco
Pois acabou de ficar pronto pra morrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário