segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Para todos os sonhadores apaixonados.

Meu amor está na janela
Vigiando-me com olhos atentos
Estou em adoração, sem aproveitar o momento
Simplesmente tentando absorver seus olhos, sua beleza
Vai fechar a janela!
Alarme falso. O coração pega passagem de ida e volta à garganta,
Sem necessidade.
Cada segundo consiste em aproveitar o próximo. Desperdício.
“Ela te ama, seu tolo!” Repito. Ela confirma, mas não é o bastante.
Nenhum amor nessa vida vai superar o medo
Medo de o vento passar, e aquela janela fechar. Conformismo perante o abandono.
Sofro tudo que tenho que sofrer, e esgoto lágrimas em nome da possibilidade.
Ela assiste sem entender merda alguma.
Mas há paixão e libido naqueles olhos que imploram
Imploram para que eu simplesmente suba a janela, arranque todas as roupas,
Diga que a amo e que quero passar o resto da minha vida com ela
Dispa os traumas e faça amor a noite toda.
Que a abrace com os dois braços, e sem tapinha nas costas.
Chains of love, como cantaram nos anos sessenta, impedem-me de mover os pés
Mas não de criar coragem

ESTOU PRONTO PARA, ENFIM, VIVER O AGORA!

O vento sul bate e joga poeira em meus olhos,
Corro. Esperneio, debato-me, berro, pulo. Imploro. Mais que tudo, imploro.
Mas não adianta, demorei demais.
O vento passou e a janela fechou.
Nenhuma lágrima me vem, e tudo que me resta é sonhar
De como teria sido encontrar o amor da minha vida.

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