quarta-feira, 9 de junho de 2010

Meu amor se encontra na caixa de cereais.

Meu amor encontra-se na fila do pão
E com ela vou me casar e ter dois filhos
Uma casa com um cachorrinho de estimação
Pelo menos até eu ser atendido.
Então sigo em frente e pego o ônibus
E lá estou eu sentado como quem não quer nada
Quando minha amante entra como quem quer menos ainda
Noites de verão passaremos junto, sexo d’um amanhecer ao outro.
Água será cachaça,
Tensão excitante, tesão proibido. Novo. Adúltero. Verdadeiro. Doce veneno.
Arrasador.
Só que ela já desceu do ônibus, e me resta algumas quadras ainda.
Eu moro tarde demais.
No fim do dia, amante ou esposa alguma se compara com a lembrança da primeira vez.
O primeiro beijo, o primeiro coito. Ejaculando a inocência milhas de distância, figurativamente era eu liberando-me, pulsante por vida e sedento por um mundo novo.
Mas eu nasci tarde demais.
Uma vida de sonhos é uma coisa bem ambígua de se viver, meu caro.

Meu amor se encontra numa caixa de cereais
Em canções de amor
E em comédias românticas
[E é lá que ele vai ficar.]

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