sábado, 27 de março de 2010

Gastrite

Ódio comprimido.
Desce da garganta ao estomago
Queima as vias respiratórias, vomito vácuo
E eu sinto que a doença não vai embora.
Venha e veja, enquanto eu engano todos vocês
Babacas hipócritas.
O entretenimento noturno chegou, dêem-lhe o pão e ele lhe dá o circo
Mas essa noite a rebeldia chegou mais cedo.
Um grande foda-se para o universo conspiratório
“Vou matar todos eles, matar deus, estuprar cristo e por fim, me matar.” Dizia o ator.
Quero morrer só pra ver quem vai chorar no meu velório.
Vai longe meu egocentrismo, vai junto a meu egoísmo.

Mamãe,quero ser:
Aberração inconveniente, leproso junkie, crackeiro aidético, gênio, a Nati, louco, carismático, insensível,homossexual, cavalheiro, alcoólatra, poodle sem pata, meu pai e meu avô, poeta, vagabundo, corcunda, o Davi, traveco, comunista, machista, uma mosca no seu ouvido.

Posso?
“sim meu filho” – Disse mamãe, “vão te chamar de louco até que você comece a acreditar que é. Dar-te um papel até que comeces a atuá-lo”

E cada mordida vem acompanhado com a vontade de parar de comer.
E cada gole insistente vem acompanhado com a ciência de que não vai dar certo.
E eu talvez seja o mesmo, mesmo tentando não ser.

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